segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SER PROFESSOR HOJE



Ser professor atualmente é ser uma caixa de conhecimentos mutáveis e com certeza é mais complexo que a 50, 60 e 70 anos atrás. Pois além dos saberes curriculares, ainda é necessário lidar com as novas tecnologias e com a complexidade social, dado o número cada vez mais crescente de classes e subdivisões de grupos sociais.
                Para suprir todas essas necessidades, toda a complexidade advindas das mudanças sociais, dos avanços tecnológicos e do conhecimento, é preciso que a formação do profissional da educação ultrapasse as barreiras das Universidades. É preciso que haja uma formação continuada em que a escola seja o ponto inicial, dado as especificidades e realidade de cada comunidade.
                Essa formação precisa focar em duas competências, organização e compreensão do conhecimento. O professor é um profissional que lida com uma infinita gama de conhecimentos e precisa saber organizar e sistematizar esses conhecimentos, bem como conhecê-los para que seja capaz de levar o aluno a produzir novos conhecimentos em sala de aula de maneira sistemática e lógica.
                Desse ponto, surgi à figura do professor pesquisador e reflexivo, que persegue os mesmos objetivos e que tende a melhorar as suas próprias práticas de ensino. Essa autorregulação reflete o sistema que determine muitas missões para o professor, uma carga além do que deveria. Contudo, a escola está carregada das máculas sociais, então não se pode exigir tanto do professor quando a sociedade em que está inserida não é capaz de cicatrizar feridas que estão além da capacidade social da escola e dos professores.
                Essa realidade não é diferente em outras partes do mundo. O debate sobre a formação de professores são os mesmos, mas no Brasil faltam dispositivos, falta objetividade e aplicabilidade das discussões que se propõe. O que é uma grande contradição, porque muito se discute e pouco se faz.

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